A Copa Pernambuco foi criada para
estimular e desenvolver o handebol em nosso estado, após um estudo em que
vários técnicos do interior foram indagados sobre as dificuldades que impediam
o crescimento do handebol na sua cidade, e com quase que unânime foram citadas;
a ausência de um suporte financeiro, falta de intercâmbio com equipes do mesmo
nível técnico ou superior ao praticado por suas equipes. Foram detectadas as
diferenças técnicas como elemento desmotivador, e que a cada ano vem
aumentando, em virtude dos polos que se encontram em um nível de melhor
qualidade técnica, como Recife, Petrolina e Caruaru que veem em uma constante
ascensão, e na contramão vários
municípios com crescimento reduzido, e o pior é que existem municípios que não
conseguem progressos técnicos. Outro elemento citado passa por decisão política
das prefeituras municipais, que usam o apoio as equipes como elemento de
barganha política, o que tem gerado um grande desconforto aos praticantes da
modalidade que não compactuam das mesmas posições políticas dos seus
respectivos prefeitos, o que por consequência tem gerado as ausências de
equipes na competição, devido a falta de apoio da prefeitura por divergências
políticas.
Mesmo com todas essas
dificuldades apresentadas, a Copa Pernambuco vem tendo um crescimento técnico
de grande relevância como vem mostrando a diversificação de mais de 50% das
equipes participantes da fase final a
cada ano, faltando muito ainda para se chegar ao desejado por todos, que
é tornar a Copa Pernambuco no grande campeonato oficial de Pernambuco, pois,
para que isso aconteça se faz necessário um maior envolvimento das prefeituras
na competição, e que com isso possa ser exigido pela sociedade local. Também se
faz necessário um maior comprometimento de atletas e técnicos com suas
obrigações dentro da modalidade, que é com toda certeza a base do crescimento,
pois temos exemplos de poucas, porém marcantes, prefeituras que apoiam e no
entanto não se ver sinais de progressos da modalidade na cidade.
Com uma política de valorização
do esporte no interior que fosse fundamentada na transferência de conhecimentos
e não apenas no repasse de recursos, que muitas vezes não são bem empregados
dentro do próprio esporte, pois não são realizadas pesquisas das necessidades a
serem atendidas, e sim simplesmente realizadas competições como único elemento
de desenvolvimento do esporte. Entendo que intercambio, capacitação e
comprometimento são elementos de sustentabilidade do esporte, porém não são os únicos
elementos a serem focados pelos gestores.
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