quarta-feira, 24 de julho de 2013

AINDA FALTA MUITO



A Copa Pernambuco foi criada para estimular e desenvolver o handebol em nosso estado, após um estudo em que vários técnicos do interior foram indagados sobre as dificuldades que impediam o crescimento do handebol na sua cidade, e com quase que unânime foram citadas; a ausência de um suporte financeiro, falta de intercâmbio com equipes do mesmo nível técnico ou superior ao praticado por suas equipes. Foram detectadas as diferenças técnicas como elemento desmotivador, e que a cada ano vem aumentando, em virtude dos polos que se encontram em um nível de melhor qualidade técnica, como Recife, Petrolina e Caruaru que veem em uma constante ascensão, e na contramão  vários municípios com crescimento reduzido, e o pior é que existem municípios que não conseguem progressos técnicos. Outro elemento citado passa por decisão política das prefeituras municipais, que usam o apoio as equipes como elemento de barganha política, o que tem gerado um grande desconforto aos praticantes da modalidade que não compactuam das mesmas posições políticas dos seus respectivos prefeitos, o que por consequência tem gerado as ausências de equipes na competição, devido a falta de apoio da prefeitura por divergências políticas.
Mesmo com todas essas dificuldades apresentadas, a Copa Pernambuco vem tendo um crescimento técnico de grande relevância como vem mostrando a diversificação de mais de 50% das equipes participantes da fase final a  cada ano, faltando muito ainda para se chegar ao desejado por todos, que é tornar a Copa Pernambuco no grande campeonato oficial de Pernambuco, pois, para que isso aconteça se faz necessário um maior envolvimento das prefeituras na competição, e que com isso possa ser exigido pela sociedade local. Também se faz necessário um maior comprometimento de atletas e técnicos com suas obrigações dentro da modalidade, que é com toda certeza a base do crescimento, pois temos exemplos de poucas, porém marcantes, prefeituras que apoiam e no entanto não se ver sinais de progressos da modalidade na cidade.
Com uma política de valorização do esporte no interior que fosse fundamentada na transferência de conhecimentos e não apenas no repasse de recursos, que muitas vezes não são bem empregados dentro do próprio esporte, pois não são realizadas pesquisas das necessidades a serem atendidas, e sim simplesmente realizadas competições como único elemento de desenvolvimento do esporte. Entendo que intercambio, capacitação e comprometimento são elementos de sustentabilidade do esporte, porém não são os únicos elementos a serem focados pelos gestores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário